quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Quem queremos enganar...

Irônico como prezamos essa falsa liberdade
Nos sentimos livres quando vamos ao colégio sozinhos, quando na verdade precisamos de alguém pra nos acordar, dar bom dia, fazer um desjejum, ou até pagar as mensalidades.

Nos sentimos livres quando arrumamos um emprego, ganhamos o chamado “nosso dinheiro”, quando na verdade precisamos que alguém seja patrão, que alguém assim como seu Pai ou Mãe pegue seu dinheiro e separe uma parte todo mês para nós, assim como mesada.

Nos sentimos livres quando vamos morar o que chamamos “sozinho”, a gloria do primeiro apartamento, pouca mobília e a tão estimada privacidade, mas quando estamos tristes vamos procurar nossos pais, ligamos ou vamos até a “nossa antiga casa” para conversar precisando de um ombro amigo ou um empréstimo. Nos privamos da privacidade assim como não tínhamos na casa dos nossos pais, sem poder ouvir musica alta por causa de uma vizinha já idosa ou um recém-nascido sensível. Para podermos receber alguém, o porteiro, o vizinho de porta, o pessoal do prédio da frente, o vigia, todos ficam sabendo.

Nos sentimos presos quando namoramos, quando na verdade é um dos momentos raros onde num relacionamento verdadeiro temos a chance de ser nós mesmos, sem máscaras, sem fingimentos, e mesmo num orgasmo simulado, numa dor de cabeça inventada, tudo em prol da verdade, do verdadeiro amor, pois se mentimos é porque nos importamos ou falaríamos um simples “não to afim”.

Nos sentimos presos ao casar, montar uma casa, construir uma família, almejar um emprego melhor para que o júnior tenha um futuro melhor, quando na verdade temos a liberdade nas mãos de um ser humano que nem sabe o que quer ser, e quando decide não brincar de Barbie para jogar futebol com os amigos da rua, e é a única menina entre os meninos achamos ofensivo, mas choramos, aplaudimos e enchemos a boca para falar “estamos tão orgulhosos” quando a mesma se torna uma “Marta” da vida e é campeã mundial pelo Brasil, ou eleita a melhor jogadora de futebol do mundo.

Porque vivemos nessa hipocrisia? Porque aceitamos tanta coisa que sabemos que não é verdadeira? Por pura personalidade?!
Personalidade consiste naquilo que você apresenta e a sociedade julga de você, ou seja podemos ser o que quisermos sem nunca perdermos o mais importante, nossa identidade, aquilo que nos lembra de onde viemos, o que queremos, como vamos conseguir e se vamos conseguir.

Fácil inventarmos desculpas para os supostos defeitos da sociedade, como “a mídia inventou o padrão de beleza” ou “você é o que você tem”. Relativo não acha?! Quando se é recém-nascido, não se tem maldade, não se entende nada, nem palavras, e a criança sente medo ao ver algo considerado monstruoso, como explicar?! Foi a midia quem inventou que a natureza é bonita?! Foi a midia quem inventou que o urso panda é fofo?! Foi a midia que inventou que o lagarto é exótico e estranho?! São coisas naturais que trazemos no instinto, desde pequenos.

Usar a comoção como meio de aliviar a culpa de certas pessoas, como aquela menina da 6ª série que era obesa tadinha, pois tinha um distúrbio chamado 3 hamburgers no recreio, e 2 pacotes de biscoito de chocolate durante as aulas, ou aquele menino que tinha problema alimentar e não conseguia comer corretamente. Onde estão os pais dessas crianças que não vêem que seus filhos estão engordando exageradamente ou emagrecendo fora do normal?!

Engraçado como existe terapeuta pra cachorro, e não existe terapeuta pra pais irresponsáveis.

A culpa disso tudo são dos nossos pais, e os pais dos nossos pais, que toda vez que via seu filhinho lindo fazer merda repetia “deixa ele, é apenas uma criança” ou “deixa ela comer, está em fase de crescimento”, as mães lindas que passam horas em salões, academias, lojas de roupa, para se manterem bonitas e passam minutos com os filhos que se vêem abandonados nas mãos de babás despreparadas e sem autonomia para repreendê-los.


Quer saber por que nunca fumei maconha?! Por respeito e medo dos meus pais. Antes era medo de apanhar, depois era medo de decepcioná-los. Acho que nunca agüentaria ver o rosto da minha mãe ou pai indo me buscar numa delegacia por ter sido detido por agredir uma empregada doméstica no ponto de ônibus por brincadeira, ou a decepção estampada daqueles que sempre me deram suporte por achar maconha, cocaína escondida no meu quarto, ou ir me buscar porque passei mal de tanto me drogar.


Começa tudo no berço, quando você acha graça quando troca de fralda e vê tanto coco, quando seu filho faz um monte de rabisco e você diz que está lindo e guarda com todo amor, quando ele tem um jogo importante do time de Basquete e você comparece, gritando e vibrando, e fica tão empolgado que compra uma bola de basquete pra ele e o uniforme de algum time que você nunca viu na vida.

Quando ele aparece com um brinquedo estranho, e você pergunta de quem é, e ele diz que é emprestado de um colega, e imediatamente você o manda devolver, ou manda ligar pro colega pra conferir a procedência.

Atos considerados simples, mas que fazem a maior diferença pro resto da vida de seus filhos, e pro resto da sociedade.

Prezamos tanto a liberdade, quando na verdade estamos loucos pra nos prender num amor verdadeiro, gritamos tanto por privacidade quando na verdade queremos perdê-la dividindo um lar com alguém que amamos, pedimos tantas e tantas vezes por paz, quando na verdade os causadores da violência estão no quarto ao lado.

Um comentário:

Unknown disse...

porra q fodaaaaaaaaaaa!!!
foda, foda, foda!!!
Naum sei de qual eu gostei mais pq tah tudo mtu foda!!!
Parabéns mesmo!!!
;******