terça-feira, 13 de outubro de 2009

Não culpe o destino...

Ele nos juntou de forma inusitada
Fez questão de nos mostrar o caminho
Em conjunta comunhão com nossas vontades
Ele conseguiu o que parecia impossível

O destino nos fez cruzar o mesmo caminho
Nos alinhando no que daria numa interseção perfeita
Fazendo que o encontro coincidisse com o momento
Que mesmo parecendo péssimo, era perfeito
Como se fosse um momento aguardado
Sem sabermos que o aguardávamos

Como se eu existisse para completar o que te falta
Como se você existisse para completar o que me falta

Todos os sinais foram mostrados
Provando que esse encontro não foi acaso
Tudo acontece dia após dia
Insistindo na vontade do destino

O contrário que pensas
Não culpe o destino
Não culpe algo que deu todas as oportunidades
Ouvindo talvez as suas preces e pedidos
Mostrando insistentemente que podes ser feliz
Como desejas
Como o destino quer

Quer saber?
O destino não trabalha sozinho
Ele depende de algo dentro de nós
Esse “algo” é aquela sensação estranha
Que parece nos dizer que está certo
Que é o melhor para nós
Chama-se intuição
Combinada com destino e amor talvez seja infalível

Talvez

Pois nós mortais temos um talento péssimo
E ninguém está livre deste dom
Que é de conseguir destruir o que o destino nos dá
E as vezes insiste
Essa veia pessimista, ruim, venenosa
Que sempre nos arrasta pro pior

Fazendo com que façamos escolhas burras
Mesmo sabendo o que é melhor
Fazendo com que ajamos com estupidez
Mesmo sabendo o que é certo
Fazendo com que percamos oportunidades
Mesmo sabendo que é a nossa vez
Fazendo com que sejamos infelizes, talvez pro resto da vida
Mesmo sabendo que a chance de ser feliz está em nossa frente

Muitos de nós humanos
Vamos passar o resto da vida perguntando “e se...”

E se tivéssemos feito aquela viagem?
E se tivéssemos esperado mais um pouco?
E se não tivéssemos esperado mais?
E se tivesse ouvido mais?
Falado mais?
Vivido mais?

E se em vez de escolher o medo eu optasse pela coragem?
E se em vez de continuar infeliz, eu tivesse sido feliz com você?

Alguns desses “marujos”
Por mais que o navio esteja afundando
Eles insistem em tentar salva-lo
Incessantemente jogando água para fora
Mesmo sabendo que o naufrágio é inevitável

Muitos desses “marujos”
Quando levantam a cabeça para observar em sua volta
Já é tarde demais
Pois mais uma vez o destino incumbido de ajudar
Fez com que o naufrágio fosse perto da praia
A ponto de dar tempo de pular fora e se salvar
Mas agora é muito tarde
Pois o navio já está muito distante da praia
E nem nadando você chegaria

Alguns raros “marujos”
Ao avistar a praia e perceber o navio naufragando
Não hesitaram em aceitar a ajuda do destino
Dentre eles a grande maioria está feliz
Vivendo em suas praias
E agradecendo por 10, 20, 30 anos o que o destino deu

Então não culpe o destino
Pois ele te deu algo esplendido
Que é a chance de ser feliz

(Ouvindo J. Holiday - Holding You)

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