Deixando rolar...

Se eu for um bom menino

Talvez eu ganhe sua atenção

Mereça seu coração

Mas acabe perdendo a paixão

Se eu for um mau menino

Talvez eu ganhe o calor

Mereça os momentos de furor

Mas acabe perdendo o valor

Quero ser o equilibrio

Imprevisível

Aquele que te dá calor e atenção

Que te cativa amor e paixão

Que te completa com um beijo e abraço

Sem deixar qualquer espaço

Satisfazendo qualquer desejo

Perdendo o receio e o medo

Deixando rolar

O que pra um leigo olhar

Parece que nunca vai encaixar

Não me deixe dizer adeus...

Não me deixe dizer adeus
Pode ser a ultima vez

A ultima oportunidade
Para que consagremos
O que o destino delicadamente
Cuidou para que acontecesse

Pessoas estranhas cruzam nosso caminho
Porém parece que uma força estranha
Nos puxa, repete na nossa mente
O que aparentemente já sabemos
Quem é o certo e como seria correto

Aquele sentimento que a priore
Parece apenas possessão
Se mantém fixo no coração
E nos faz enxergar que tem algo a mais

Não me deixe dizer adeus
Pode ser que não tenha volta

Não tenha volta a simplicidade do sorriso atoa
Do beijo perfeito, do abraço encaixado
O jeito gostoso de dormir e acordar
Dando uma sensação de que se o futuro for assim
Será tudo que precisamos

Talvez hajam dúvidas
Talvez surjam pessoas
Para nos testar, e termos certeza do que queremos
Quem sabe pra aflorar ainda mais
O que estava guardado e escondíamos

Não me deixe dizer adeus
Pode ser que estejamos errando

Errando ao mudar o rumo do destino
Ao mudar o presente que nos foi dado
Desmontando o que foi criado lá em cima
Mudando os planos de quem nem sabemos
Por conta da coisa mais natural do mundo
O previsível erro humano.

Não me deixe dizer adeus
Pode ser que seja pra sempre.

Carnaval acabou...

Carnaval acabou dias atrás
Quando você sem saber
Me transformou em pierrot

Ditou o ritmo da minha festa
Rebaixando toda uma comemoração
A um sorriso forçado

Sem pedir, comandou o bloco
Se tornou meu foco
E com pouca insistência, sorrindo
Conquistou lugar de destaque

Foi embora deixando a festa pela metade
Tirando o brilho do momento
Revelando aos mais cegos
Que Homens também choram

A colombina que ninguem aguardava
Se tornou rainha no desfile da vida
Elevou o samba ao patamar do amor
E depois se foi

Deixou espaços nas alas
Que pra ela foram especialmente feitas
Um vazio de festa, confete e serpentina
Amenizado apenas pelos milhares de sorrisos
Toda hora lembrado pelos mesmos milhares
Que mesmo juntos não tem o significado
Que uma colombina tem para um pierrot apaixonado

Tolices...

Não ser suficiente
Quando alguém te faz bem
Não ser suficiente
Quando esse alguém diz te que ama

Sentir a tolice de ser diferente
A tolice de seguir sua intuição

Parece tão certo que algo incomoda
Parece tão perfeito que chega a ser estranho

Sentimento autodestrutivo
Que te faz desconfiar do que está bom
Atitudes descendentes de um passado ruim
Que te martelam o pensamento dia e noite

Seria certo dizer
Que até mesmo o perfeito, vem com imperfeição?
Seria certo dizer
Que humanos nunca estão satisfeitos?
Seria certo dizer
Que são apenas tolices de uma pessoa perdida?

No final de tudo se pergunta
Se o vazio que fica é de saudades
Ou apenas o sentimento de perda
Que todo ser humano tem ao se desfazer
Tolices...

(ouvindo The Foreign Exchange - Don't Wait feat. Darien Brockington)

Sem explicação...

Não procure explicação
Pro swing que ela tem
Apenas pare e observe
Do jeito que ela vem

Te prepara que esse é o momento
Deixe que ela te leve
E de tão leve
Fica fácil conduzi-la

Não se deixe envolver
Pela suavidade dos movimentos
Ela pode também ser dura

Não se deixe enganar
Pelos sorrisos soltos
Ela pode num piscar de olhos te largar

De fato na tua mente marcado fica
Tudo aquilo que de tão simples
Se torna raro como diamante

E se dessa raridade surgir um simples “oi”
Garimpe o que puder
Explore o que de melhor tiver
Pois pode levar uma vida
Pra outra assim na sua aparecer